«Olharam-se apenas, olharem-se era a casa de ambos.»

sábado, 6 de março de 2010

Love, love, love

Sentámo-nos,
Depois de parados pela suave brisa de estranho poder de petrificação...
De repente tudo se projecta no mais elevado espaço aberto e infinito de vastas possibilidades.
Os sentidos perdidos ressuscitam
E as emoções levitam.
As palavras ganham asas,
São finalmente livres de partir.
Os sons ficam mudos como se aos nossos pés o mundo deixasse de ruir.
É a vez do coração que bate forte
E da alma que ganha norte.
De repente tudo faz sentido,
Tudo é entendido.
A harmonia entre os corpos dá finalmente sinais de existência,
Depois de uma eterna vida de persistência.
O espaço prende-se ao tempo
Que brinca em função do vento
E dá largas ao movimento.
A tranquilidade é incontestável
E o seu sabor inquestionável.
Deixo finalmente que os olhos falem por mim,
Já não há razão para que nada seja assim.
A certeza torna-se cúmplice da beleza
E agora sabemos que somos só nós e aquela sensação de suavidade articulada na de intensidade
Pela qual tanto esperámos,
Idealizámos,
Sonhámos
E lutámos.
Mas,
De repente nasce o momento em que se desvanece a capacidade de expressão e explicação...
Eis então que surge o sentimento incontrolável e supremo em cada coração.
I

Sem comentários:

Enviar um comentário